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embuscadamaternidade

Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

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Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

Qua | 10.05.17

Nova busca nova esperança

Embuscadamaternidade

Depois do último post aconteceram mais algumas coisas no caso do meu pequenino. Fomos a mais entendidos no assunto tendo ontem conhecido penso eu o melhor deles todos. A Prof. Júlia Guimarães. Para começar vou deixar-vos um conselho que também encaixa bem cá em casa. Nunca se fiquem pela primeira opinião, busquem saber mais, principalmente se algo não vos tocou, se não sentiram exactamente o que deveria. Procurem, pesquisem, perguntem. Não interessa o que parece, não interessa o que os outros pensem... devemos tirar todas as nossas dúvidas e gostarmos de quem nos atende.

Houve algumas situações que não "encaixamos bem" depois de termos estado com a primeira médica e seguido as suas indicações. Sem querer ser injusta até porque é tudo novo ainda, eu não senti segurança no que estava a fazer, pelo que fui a uma consulta com alguém que me tinham recomendado imenso. Esta médica Prof Júlia Guimarães é pediatra, neuro pediatra e está habituada a lidar com casos como os do meu pequeno e pior... Ontem saí de lá com a certeza de ter escolhido bem. Pela primeira vez não me fizeram mil perguntas e olharam para ele. Falaram com ele testaram-nos. Viraram-no do avesso e arrancaram coisas dele que não seriam de esperar. Pela primeira vez levei um puxão de orelhas (muito súbtil :-)) por este miúdo não ter a atenção que precisa, sendo o que nos dá menos trabalho e para nós o mais fácil de lidar.  Basicamente comprova se o que saiu da primeira médica o atraso global, com a diferença de que nesta consulta nem se aflorou o autismo fosse de que espécie fosse. Diz ela que o pequenito está mega atrasado em tudo, como se não tivesse evoluido, faz coisas de bebé e não de uma criança com quase dois anos. Claro que ele só anda agarrado (22 meses) entre outras situações e nós sabemos, o que não sabiamos é que ele pode ser puxado por nós que vai começar a responder, temos é de insistir vezes sem conta porque ele tem ao que parece uma boa capacidade de apredizagem, apenas se habituou a autoestimular-se e assim rir sozinho e fazer coisas sozinho, alienado do mundo. Não está habituado a ser contrariado e a ouvir não (é verdade, até porque ele pouco faz para isso) mas temos de mudar. Porque ele atira coisas para o chão e nós não ralhamos porque pensamos sempre nele como diferente, como o simpático que apenas ainda não entende... mas não pode ser. Enfim, olhando assim parece tudo simples, mas vai ser duro. Porque além de termos regras escritas para começar a fazer em casa, nomeadamente o da TV "se estragar" por completo :S também vamos começar com terapia intensiva, agora sim num clínica especializada também em casos como o dele, que se chama ELOS, e onde será seguido pela psicóloga especialista nestas áreas, Dra. Ana Isabel Aguiar e respectivos terapeutas. Já telefonei para lá e aguardo resposta agora. A consulta desta médica demorou uma hora e um quarto. A da primeira demorou 20 minutos. Esta última quando entrei não olhou para mim ou para o pai olhou para ele e nem me deixou falar disse que não queria saber de nada. Primeiro era ela que o ia ver. E nós ficamos os dois calados ainda sem a conhecermos sequer a ver o que lhe fazia e como fazia. Brutal absolutamente. A outra médica não desfazendo teve o tempo todo a falar connosco e nem com ele foi ter e nunca se levantou da cadeira. Esta sentou se uns escassos minutos para fazer um jogo com ele apenas e mandou-nos para uma clínca de renome há anos e não para uma que abriu há meses. Ou seja quero com isto dizer que, a primeira médica pode ser boa e a clínica que referiu também, mas não tem a experiência desta segunda aliás a segunda foi professora dela... :-) E hoje quis escrever-vos para vos dizer que, apesar de ter uma luta grande pela frente e outras coisas que vou contando ao longo dos posts, vos aconselho sempre mas sempre a pedir segundas e terceiras opiniões até se sentirem respondidos e compreendidos e satisfeitos. A empatia é muito importante mas o dar provas também é. Tenham atenção que nem todos os especialistas são formados para as mesmas coisas, todos os problemas têm um profissional distinto que pode tratar deles. Questionem sempre. Não tenham receio de ser chatos ou de parecer mal. Eu fui pedir uma segunda opinião porque a primeira não me palpitava. E sinto me bem melhor agora. Coração de Mãe é qualquer coisa e o de Pai também <3 Basta seguirmos os nossos instintos.

 

Um beijinho e força a toda a gente que atravessa momentos como estes. Tudo se resolverá <3