Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

embuscadamaternidade

Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

embuscadamaternidade

Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

Qua | 29.03.17

Novidades nossas!

Embuscadamaternidade

Olá a todos,

este mês que está a chegar agora ao fim foi bastante intenso a todos os níveis. A melhor coisa foi que eu e o meu marido fomos de fim de semana relaxar para um hotel com spa em sanxenxo e que bem que nos soube. Uma delícia, duas noites fora, muitas saudades dos meus filhos, mas também já tinha dele! Nós andamos estourados e realmente só nestas escapadelas nos reencontramos a sério. Temos tempo de qualidade para namorar, conversar, para estar. Foi divertido e romântico e bom! Compensou a última vez que fomos e eu me senti mal. Já retemperamos energias, o cansaço continua nos nossos ombros, vida agitada em casa e no trabalho de ambos mas a parte mental, está bem mais aliviada, ufa!

Em relação aos bebés, do mais velho já vos falei da última vez e continua óptimo, também tiveram a consulta de pediatria há algum tempo aguardada. O menino vai ser remetido para terapia de desenvolvimento. Ou seja, achamos que está atrasado em algumas coisas que levantam questões... Ele continua a não ligar muito ao chamamento, é um pouco alheado, também não anda e não fala, só emite sons (já disse mamã, mas poucas vezes). Eu como mãe sinto que não tem nada, apenas atraso e como diz a pediatra e bem, nós actualmente não lhes damos espaço para crescer ao ritmo deles, tudo tem metas, só comparações enfim hoje em dia são todos autistas e hiperactivos... eu acho que o miudo não vai ter nada a sério, claro que me preocupo nao posso dizer o contrário mas vejo-o devagarinho a despertar de dia para dia. Antigamente os olhos não desviavam da televisão NUNCA agora vem ter connosco onde estivermos e brinca muito mais. Nada a ver, olha nos olhos, olha quando o chamo (só para mim e não sempre e menos vezes para o pai, para o resto das pessoas pode nunca), mas adora que todos o peguem ao colo e brinquem com ele, ri como se não houvesse amanhã, mostra interesse nas coisas, não é nada assustadiço... É certo que mexe com as mãos e faz sons estranhos mas eu acho que é excitação pura e os sons, bem como não fala acho normal! Vamos lá ver aguardo a tal consulta pode ser que até lá tudo se resolve naturalmente. De resto está optimo e recomenda-se. Já a irmã... essa pequena não se vai livrar de análises :( coitadita não queria nada, um nico de gente a ter de passar por isso. Ok, não é nenhum drama mas é minha filha :-)...Ela não fecha aquela cabeça duma vez por todas, nota se que está bem melhor, mas ainda há um mas... a juntar ao seu problema constante de obstipação e magreza a médica acha melhor rastrear. Eu gosto que ela seja assim acho que é a sua obrigação. Mas, magreza é genético, bem como pequeneza e a cabeça está dois percentis acima do resto do corpo, cá em casa a famílai da mãe também é cabeçuda e pode ser só isso demora mais a fechar quanto á obstipação é um facto, ainda não encontramos o porquê, mas a Sra. Dra diz que é uma das doenças do século, tudo tem isto... Portanto eu quero acreditar (rezo para tal) que os miudos não tenham nada de nada...e espero duma vez por todas resolver isto para respirar de alívio. Muitas preocupações rodam à volta do pequenino, entre família e precisamos de desmistificar isto duma vez por todas!

Doenças à parte chegou a hora de os meter na creche (aí é que vêm as doenças a sério!!) e espero que este ano eles entrem. Fui ter uma conversa com a responsável da escola do meu filho e pedi lhe encarecidamente que eles entrassem que isto de os ter em casa é barra pesada e pensar em metê-los noutro sítio a nível de logística ainda mais complicado se torna. Ela desta vez deu -me bastantes esperanças, a mim só me faltou chorar. Entrar numa creche é mais difícil que numa faculdade, estou farta de dizer isto, é demais!! Deviam facilitar o acesso, aumentar o número de creches apoiadas pelo estado, as famílias desdobram se perante estes problemas. Eu não os consigo ter mais em casa, porque o meu trabalho ressente-se bem como a minha vida. Vai me doer quando eles forem, mas sei que vai ser também um alívio. A logística de manhã, o ir levar e buscar nem consigo imaginar como possa ser feito com 3, espero que até lá já todos andem (:P) mas mesmo assim, como tirar 3 do carro, ir com eles em segurança até à porta e quando chove?? Bem um problema de cada vez. Neste momento têm de entrar e logo se pensa no resto.

Este é o resumo das novidades, o meu trabalho vai de vento em popa o do marido também felizmente mas sobra-nos pouco tempo de qualidade com os miudos e eu sinto a vida a correr, mesmo a escapar se por entre os dedos. Avança tão rápido que me assusta. Vamos viver o hoje com todas as nossas forças, vamos beijar cheirar os nossos filhotes, porque qualquer dia não nos passam cartão! :D

Um beijinho

Sab | 04.03.17

A vida corre e não olha para trás...

Embuscadamaternidade

Ora bem, mais uma vez demorei séculos a voltar aqui...

A operação do António correu muito bem. Felizmente o método adoptado pelo cirurgião pediatrico em nada teve a ver com a operação anterior dele... Foi muito bem para o hospital em jejum, nada dramático, fomos bem cedo eram 07.30 ainda estava meio a dormir...aguardamos com calma num quarto, ele viu o blaze na televisão enquanto eu e o pai roíamos as unhas :-) Depois de medirem as tensões, tirarem febre, despi-lo e tal lá vieram buscá-lo, ele achou giro ir deitado na maca, o meu coração estava um pouco apertadinho... Ele estava bem disposto falava com toda a gente perguntava tudo. Quando entramos para a zona do bloco, o pai voltou para o quarto e eu tive de me ir equipar, aí fiquei com medo que ele começasse a stressas, mas não... ficamos os dois, depois de muita conversa com a equipa médica que ia aparecendo, deram lhe um balão pintado e ficamos à espera atrás duma cortina para entrar no bloco. Essa foi a parte pior, o médico apanhou muito trânsito e demorou n tempo a chegar. O miudo ja estava impaciente e eu não podia deixá-lo sair da maca estava desinfectado e tal. Comecei também a ouvir um menino as gritos no bloco e comece a falar mais alto para ele não se aperceber e não se assustar. Fui lhe explicando poucas coisas mas sobretudo brinquei muito para o distrair. Entretanto surge o anestesista e diz para ele beber (já me tinha explicado) um liquido (amargo) e outro (doce) a seguir. Aquilo era uma espécie de droga que o deixava todo zen, sem forças e a achar tudo espectacular. Foi muito estranho vê-lo assim, a certa altura disse-me a rir "Mae tens duas bocas" e quando entrou no bloco disse "wow isto é tãaaaao fixe". Bem claro que me meteu uma certa confusão vê-lo assim, mas o que é facto é que ele não se lembra de rigorosamente nada e naquele momento nada lhe custou ou traumatizou. Deixou colocar a máscara lindamente e adormeceu. Eu disse " Dr. cuidem bem do meu menino,tem aí um tesouro"... voltei ao quarto, enganei me no caminho mas ia relaxada e fui tomar o pequeno almoço com o pai, supostamente apenas demoraria 15 minutos. Como por cá nunca nada é fácil a operação dele também se revelou mais difícil. O médico explicou que a parede a consertar era muto dura e difícil de cortar e coser e para além disso tinha encontrado dois quistos que retirou e enviou para análise, mas para não nos preocuparmos porque deixou tudo limpinho e direitinho e que aqueles quistos nasciam muitas vezes nos rapazes, que nas meninas se transformavam nos ovários. que eram normais, mas ainda assim tinham de seguir para laboratório para ter a certeza. Bem fiquei um pouco apreensiva mas relaxei e confiei. Portanto ao fim de 45 minutos eu fui até ao recobro onde ele estava a dormir na sua maca tranquilamente e assim ficou mais de uma hora. Entretanto acordou já no quarto bem disposto... não gostou do cateter mas até isso estava super bem feito tinha tanto adesivo que aqueilo não saía do sítio nem se via sequer... não incomodou nada. O mais difícil foi mesmo conseguir que fizesse xixi e comesse alguma coisa para o deixarem sair, só aí gastamos duas horas e meia e tive de gritar com ele, ameaçá-lo e e sei lá mais o quê, porque não nos davam alta enquanto ele não fizesse o pedido. Aí foi desesperante. Mas ja tudo tinha passado. Eu já estava aliviada, nós já estavamos felizes, menos uma provação... 

Ficou em casa comigo por uma questão de precaução uma semanita e portou se lindamente, eu nem me queria acreditar. Já fomos ao médico está tudo ok, os resultados da análise também chegaram e era o esperado. E pronto por agora e para contar a história resta uma mini cicatriz que o cirurgião fez com tamanha minuncia que irá desaparecer completamente...

Já estou a acelerar a história porque o tenho aqui ao meu lado e já não me deixa escrever, quer ir para a sala comigo ... Eu tinha vindo trabalhar para o quarto, mas parece que vou ter de desistir outra vez. Buhhhh.

Da próxima vez lembrem-me de vos falar dos outros pequenos... da creche, da saúde e de mim, do casal e outras coisas mais.

Beijinhos!!

Beijinhos.