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embuscadamaternidade

Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

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Diário de alguém que sonha ser Mãe e tem o difícil papel de tratar a infertilidade por tu.

Qui | 28.01.16

Uma vida nova!

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Pois é verdade, desapareci por uns tempinhos mas por uma boa causa. Já estamos a viver na casa nova e tudo corre relativamente bem. É certo que o trabalho é imenso, que não tem fim, mas não deixa de ser o nosso canto, a nossa família junta como assim o deve ser.

O único stress que temos é o mais velho que não fica a dormir sozinho  infelizmente eu já não sei o que é dormir acompanhada, já que o marido fica com ele, principalmente agora que mudamos de casa e ele estranhou. Mas vamos aguardar mais uns tempos para depois sim fazermos a adptação a esse nível. Para mim não há regras não há certezas, todas as famílias, contextos e crianças são diferentes e cada uma sabe o que é melhor para si. No outro dia alguém me criticou por deixá-lo dormir com o pai e eu não gostei. Primeiro porque existe o tom de conselho que não é igual ao da crítica e nesse caso devem é ficar caladas e não se meterem na vida dos outros, segundo porque se formos a ver na casa dessa pessoa há situações que eu por exemplo também não acho exemplares e não me meto. Por isso dou-vos este conselho, um dia vão ser eles a não querer dormir connosco, a não querer estar connosco e aí teremos muito tempo para estarmos sós. Eles não vão ficar mais dependentes nem mais carentes nem mais susceptíveis nem com problema de espécie alguma por dormirem com os pais, por favor agora é só teorias ridículas! Então as famílias que dormiam inteiras no mesmo quarto devem ir juntas até à casa de banho, pelo amor de Deus, haja paciência! Se isso significar que ele durma bem, descanse, não fique nervoso, nem com medo que assim seja. Eu e o pai teremos de ter mais paciência e também de tentar contornar a nossa ausência, pois a partilha do quarto é bastante importante, pois é lá que as maiores e melhores conversas se dão. pelo menos connosco é assim. Essa é a parte que sinto mais falta, não ter tempo para mim (nenhum, não há não existe é mau) mas bem pior não ter tempo para nós, nós casal. Não conseguimos ter uma conversa, um momento, simplesmente não conseguimos estar. estamos sempre divididos entre este ou aquele, segurar aquele ao colo, olha a fralda, olha o banho, o jantarrrr, o cócó "não faças isso",vomitou... " mãe fala comigo, pai não fala" "não grites", "tapa o bebé", tens de te levantar, olha os remédios... etc. etc. é um sem fim de tarefas que não nos permite estar a conversar quanto mais namorar. Mas não me quero queixar pois sei que é uma fase, e escolhida por nós. Estamos nesta situação porque assim o quisemos. É lógico que sem passar pelas coisas não podemos adivinhar exactamente como vai ser mas três filhos nunca poderia ser fácil, ainda para mais com os meus: um terrorista + dois gémeos é cereja no topo!

Adiante... os bebés têm estado bem, adaptaram-se lindamente, mas isso já adivinhava, eles são uns castiços, muito meiguinhos, calminhos. O mais pequenino ficou de novo doente, com muita tosse, tá sempre constipado, que sina! Acredito que vai ter a mesma conclusão que a do António ser operado! A outra anda sempre bem, risota para a frente risota para trás é do mais meiguinho que há. Faz tantas festinhas maravilhosas na cara das pessoas, adoro. Adoro como ela me faz festinhas, e como ele abre e fecha os dedos sempre que bebe biberão, antes fazia-me umas cocegas no peito agora arranha o biberão mas é mesmo engraçado. ele já tem dois dentinhos, nasceram ha uns dias, ela ainda não tem nada. 

As comidas já têm corrido melhor! Os biberões nunca têm medida certa ora bebem 100, ora 180, ora 75, ora 120 é mesmo assim, ambos são assim e não me preocupa nada. A comida, papa e sopa, já comem bem também e a barriguita não dá problemas, portanto tudo sobre rodas.

Quanto a mim, a minha cabeça anda um caco, já para não falar que engordei não sei quantos quilos. A comida será sempre o meu refúgio, ou melhor as bolachas, bolachinhas, doces, chocolates ai ai. Fico triste ao pensar que não engordei por aí além na gravidez e a seguir deixei-me chegar a este estado, mas olhem é muita coisa e para me aguentar foi a maneira que arranjei. A ver se quando o ritmo estabilizar, já que ainda me encontro a organizar tudo em casa e que trabalheira está a dar, para meter quase tudo no sítio  Quase porque já nada será como antes da maravilha de dar à luz... Quanto à memória, essa já se foi há seculos, anos luz. Não em lembro do que fiz há um minuto, esqueço-me do que disseram há um segundo. A sério mesmo mesmo mau. Tenho de ter imenso cuidado para não trocar tudo, uma grande chatice. O cabelo esse caiu, mas não tanto como da outra vez. Estou sim com uma falha pequena à frente (geneticamente o meu cabelo já é fracote), mas desta vez antes de ele começar a cair, que foi de novo por volta dos quatro meses, comecei a utilizar um spray (que já tinha usado no passado) da farmácia e que faz milagres. nada melhor. O que é que ele faz? faz crescer o cabelo que nós temos. A nossa quantidade de cabelos, foliculos já está definida desde que nascemos, ou temos muitos ou poucos isso ninguém muda, mas se enquanto os tivermos podermos ajudá-los a crescer e a fortalecê-los melhor e pronto é isso que o remédio faz. Ele faz crescer os cabelitos que estavam presos no couro cabeludo, ora bem não estou a utilizar os nomes cientificos da coisa, já vos disse como estou mal da memória não já? De maneira que, e para sintetizar, cresceram-me muitos cabelinhos à frente e aqui estão a tapar as falhas e a desenvolver. Pelo menos a esse nível físico estou feliz!!! Nada mais importante que ter uma boa moldura para o nosso rosto. Quem passa por isto de certeza que percebe o que quero dizer.

Por hoje vou deixar-vos, o tempo escasseia. Um grande beijinho e espero que me continuem a ler, porque escrevo para todos vós e espero que algumas das minhas partilhas vos ajudem de alguma forma.

Sex | 08.01.16

Amamentação e os seus contornos...

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Esqueci-me de vos falar de mim... isto dos filhos absorve-nos de tal forma que deixamos de ter tempo ou cabeça para pensar em nós. Eu por exemplo saio para comprar algo para mim e chego sempre só com coisas para eles. AHAHHAH. Olho para mim e penso... "passaram seis meses começas a não ter desculpa para andares gordinha e desleixada", mas depois volto a olhar e penso "ok podia estar pior agora tenho de ir dar leite ao F" Ahhahahah mal tenho tempo de me importar com coisas também importantes como nós próprias. Admiro as mães que se cuidam ter filhos não é desculpa para não nos apaparicarmos mas sou franca não tenho grande tempo nem paciência.

Não sei se alguém está como eu mas a minha cabeça está um caos, tenho tanta preocupação em que pensar decisões a tomar e tarefas a executar que estou um pouco atrapalhada dos neurónios. Esqueço-me de tudo, troco tudo, mal consigo raciocinar, acompanhar pensamentos,,, enfim... um desastre. Vou ao Pingo Doce comprar fraldas porque estão em promoção e trago o tamanho errado, depois de me certificar que era o certo ?!? confuso não? Lá se foi o desconto na gasolina da segunda viagem. Desco um andar para ir buscar um remédio e trago outra coisa qualquer. Falam para mim e irrito me tão facilmente, parece que acumulei o stress todo e ganho raiva do que não gosto de ouvir e disparo num segundo. Depois arrependo-me do que digo, mas como sou orgulhosa não admito. :) Sei lá ando um pouco descompensada. Semrpe fui uma pessoa bastante bem disposta, a qualquer sitío que vou tenho de brincar com as pessoas que lá estão, mandar umas bocas que não sei se têm graça ou não mas eu rio-me, e agora embora ainda o faça por casa não. Não consigo sinto-me desgastada... o esforço é tanto ou melhor foi tanto durante a gravidez e início dos nascimentos altura em que andei bem e optimista que agora talvez esteja a ressentir isso mesmo.

Mas enfim é apenas um desabafo isto não liguem, o que vos queria mesmo contar é que deixei de amamentar. Não foi minimamente propositado, aliás até sinto alguma nostalgia do mimo do acto, mas aconteceu. Regressei em força ao trabalho tratei das mudanças entre outras coisas e passei pouco tempo junto dos bebés o que provocou que o leitito fosse diminuindo... e sempre que oferecia a mama à noite eles já não queriam pois já era menor a quantidade, deixaram de estimular, saltei mamadas e pronto em tres dias secou. E passado poucos dias apaeceu o periodo (coisa engraçada foi imediato, da outra vez apareceu aos tres meses desta pude descansar do "maldito" durante 5 pós parto, muito bom!) Fiquei com pena gostava de ser daquelas maes que à noite conseguia dar uma vez, mas pronto por outro lado sinto-me livre, já não me doem as mamas, não tenho que andar com aqueles soutiens ou com "algodoes" dentro deles. Não sinto aquele puxar interior de quando o leite subia, ou o incomodo de quando enchia. O desconforto... esse foi embora. Mas claro que também foi com ele aquele momento único de partilha que desta vez pude disfrutar e dar valor. Fiquei muito mas muito feliz por ter conseguido dar de mamar aos dois bebés até aos 5 meses e mais qualquer coisa. Foi um feito para mim, ja que o primeiro só mamou 18 dias e sempre comigo a chorar por dentro. Era uma tortura pensar que tinha de dar de mamar era um sacrifício fazê-lo na primeira viagem, mas nesta não... sofri que me desunhei no início, nunca pensei que pudesse doer tanto, que tivesse que aguentar aquela tortura, mas o que é facto é que aguentei fui rija e sinto-me orgulhosa por isso mesmo, mas a sério. pode parecer vos ridículo, então se nunca tiverem passado por isso acham me de certeza, mas garanto-vos que as minhas dores foram descomunais. Nunca mais me esqueço de no hospital me proporem secar, Fico muito feliz por ter tido a sorte de saber o que é amamentar. Mais uma vez dentro das dificuldades que atravessa na maternidade acabei por ser bem sucedida. Nunca esquecerei o mimo que tive dos meus filhotes enquanto mamavam. As festinhas que recebia do F no peito enquanto mamava e da B o bracinho a dar a dar acompanhados os dois de um sorriso maravilhoso. Aliás o F o supra sumo da simpatia era difícil que se concetrasse na refeição, sorria seguido para mim era lindo de morrer. Amo-os de todo o coração e sinto pena de não poder ter mais esse momento, mas vira se a página e os biberões que jeito dão para os outros darem também. :D

Beijocas!

Sex | 08.01.16

6 Meses duma imensa ternura!

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Ah pois é, os seis mesitos já cá cantam!

O meu casaleco preferido está um máximo, sou uma babada, cada vez mais queridos e simpatia sem fim.

Nesta altura tenho o meu pequenino, outra vez, doente. Corre o risco de entrar noutra bronquilotie, haja estomâgo, forças e paciência. Está bastante entupido, e nunca consegue libertar a ranhoca é incrível fica logo espessa. Está a fazer o ventilan (em puf) o budesonida 8nao me lembro se é assim que se escreve) e a atacar com actifed xarope. Não sei mais o que faça, se agasalho é porque o abafo se o destapo espirra logo e fica adoentado à minima corrente, é uma chatice. A pequenita felizmente não o acompanha nas doenças. Ela é mais resistente! Fica com o narizito com ranhoca mas safa-se! Começaram as sopas e as frutas. Ai que dor de cabeça!! Ele detesta detesta detesta sopa (acho que já vos tinha dito) e gosta da fruta e ela ao contrário detesta fruta e come super bem a sopa. O iogurte gostaram e agora falta a papa que ainda não lhes dei a provar.

A B está mais avançada a nível motor que o F, mexe bem nos objectos tira e poe a chupeta às vezes, até a dele tira :P tem bastante equilíbrio e senta-se bem a direito, ele nada disso tremelica todo, não se segura ainda direito, nem manuseia os objectos como ela. A pediatra aconselhou-me a sentá-los na cadeira da papa, eu só o fazia nas espreguiçadeiras. Melhora a postura é um facto. Eu pensava que ainda eram pequenitos para isso, sim porque aliás são mais pequenos que os bebés a solo :P. Aconselhou ainda a colocá-los no chão livres, em cima dum edredon para ver se começam a desenrascar-se já que ainda não viram para os lados... mas de resto está tudo ok com os meus meninos!

O mais velho continua nos seus disparates! É um miudo de facto alucinante. Um terrorista em formação. Só asneirolas. Mas claro que vai compensando com saídas inteligentes e divertidas, é um castiço. "Ok Mãe?" Parece que estou a ouvi-lo, parto-me a rir com o ok...

Estamos em mudanças... este mês ainda saímos dos meus pais e vamos recomeçar a nossa vida numa casa maior, noutra cidade. Vamos lá ver o que nos espera. Estou ansiosa mas ao mesmo tempo tenho muito receio, será tudo difícil, ou melhor pouco fácil, mas está na hora.

Um beijinho e um óptimo Ano, que ainda não vos tinha desejado!